Em junho do ano passado tínhamos a informação de que o Mobilis seria fabricado no Brasil. Este blog foi um dos principais veículos a repercutir o furo. Minhas informações colidas na imprensa e junto a própria Encore (fabricante do aparelhinho) apontava o desejo e as dificuldades de produzi-lo aqui.
Se você quer relembrar o que já publiquei sobre o assunto, clique aqui. Se quiser ter uma idéia da repercussão, veja o BR-Linux e Blog do Rodrigo Ghedin.
Até meados do ano passado, tirando o Classmate da Intel, o pioneiro XO da OLPC e o próprio Mobilis, não havia projetos de subnotebooks baratos no mercado. Esta realidade anacrônica foi quebrada primeiro pela Asus, com seu eeePC (que era 99% baseado no Classmate mas numa versão para o varejo) e depois pela entrada de outros atores na exploração deste nicho.
Hoje efetivamente contamos no mercado nacional com o Positivo Mobo (que é baseado na plataforma móvel de baixo custo da Via) e o classmate de 2a geração, comercializado pela CCE e também pela Positivo.
Também é fácil encontrar o importado Asus eeePC, incluindo sua 2a geração, com processador Atom, ao invés do Celeron e tela de 8,9' (ao invés de 7', como no primeiro modelo e nos concorrentes).
O Mobo e o eeePC de primeira geração podem ser comprados no mercado brasileiro por menos de mil reais, mesmo se financiados em várias vezes.
Agora a Dell, HP e tantas outras empresas pequenas, médias e gigantes planejam entrar no mercado de sub-notebooks. Só numa feira de negócias da Ásia apareceram nada menos que 50 protótipos. Todos tem em comum a portabilidade e, para alguns, o baixo-preço é o atrativo principal.
Será que neste contexto há espaço para o Mobilis e seu processador Texas?
Acho que a resposta se assenta em três pilares: preço, recursos e distribuição. Se ele custar mais barato que os demais, oferecer desempenho igual ou superior com recursos únicos (como acesso à TV Digital e internet via celular 3G ou EDGE/GSM) e conseguir atingir o varejo tanto quanto a alternativa Mobo da Positivo (que tem a maior capilaridade na distribuição), acredito que a sobrevivência e, talvez, o sucesso estivesem garantidos.
Mas agora que a tecnologia está pronta faltam as definições comerciais. E serão elas que definirão o preço e estratégia de venda... e até se é viável colocá-lo de fato no mercado.
Veja também este artigo no Dicas-l.
terça-feira, 15 de julho de 2008
Finalmente... O novo Mobilis
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Novo Mobilis... Até que enfim!
Em junho do ano passado eu anunciei que o Mobilis, o sub-notebook da empresa indiana Encore, seria fabricado e comercializado no Brasil diante da expectativa do projeto "Um Computador por Aluno" do Governo Federa.
Infelizmente, questões burocráticas, comerciais e tecnológicas adiaram em muito a iniciativa.
Nesse meio tempo os sub-notebooks se tornaram realidade mundial. A Asus conseguiu ser a primeira a obter sucesso comercial com eles, através do seu eeePC e muitos outros fabricantes estão desenvolvendo sub-notebooks.
Eu, particularmente, sinto-me de certa forma responsável por ter alimentado as notícias do lançamento do Mobilis, que na época correspondiam às expectativas do fabricante. Por isso acho relevante o fato da Comsat Tecnologia ter inaugurado seu novo site e posto entre os produtos o novo Mobilis.
O produto foi completamente redesenhado. Na foto acima temos o modelo "agenda" (mais claro) e o modelo "tradicional", encapado em borracha e com teclado e suporte (tudo opicional).
A tela ainda é sensível ao toque, a bateria dura até 10 horas e ele já vem com o receptor para TV Digital.
Outras caracteríticas:
- O processador foi mudado para um RISC da Texas Instruments (TI OMAP2431 de 450MHz)
- Até 512KB de RAM e 4GB de SSD-HD
- Display de 7 polegadas
- Linux Mandriva
- 2 portas USB, caixa de som, etc...
Uma caracteristica do processador (e que deve ter influenciado sua escolha) é que ele permite codificar e decodificar em MPEG4/H264. Este é o formato de mídia mais avançado, que permite melhor compactação e qualidade. Este formato é utilizado na TV Digital Brasileira e sofreu críticas por necessitar de hardware específico para o processamento, ao contrário do MPEG2, utilizado na TV Digital da Europa e dos EUA, além dos DVDs.
A Comsat Tecnologia faz parte do mesmo grupo da Telavo, tradicional fabricante de transmissores analógicos e digitais para emissoras de TV e rádio e que agora está entrando no ramo de receptores para a TVDB, depois de desenvolver tecnologia própria. Há produtos interessantes nesta categoria no site.
Apesar de tecnicamente pronto. O novo Mobilis ainda não tem previsão de venda e nem preço definido. Esta indefinição da estratégia comercial traz uma pergunta: ainda há espaço para o Mobilis hoje?
Outro link: Compare o novo Mobilis com o modelo original descritoi neste artigo.
De volta!
Passei muito tempo fora, dedicando-me a outros projetos. Parei de postar enquanto decidia a migração deste blog e do seu conteúdo para um formato "mais profissional". Acabei adiando a mudança tempo demais e não postei mais nada.
Decidi retomar aqui mesmo, enquanto faço o novo sítio.
Nesse meio tempo deixei passar muita coisa importante. Mas aos poucos retomamos. Sinto, por exemplo, não ter falado do Asus eeePC, do Positivo Mobo e de outras iniciativas de conectividade que estão surgindo por aí.
Mas vou tentar fixar-me ao menos nas notícias mais inéditas ou que não se encontram com facilidade por aí.
Bem... Estou de volta!