quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Novos canais públicos digitais estão no ar

Segundo o site da Câmara dos Deputados a Anatel abriu canais digitais para as TVs Câmara, Senado, Justiça e os quatro canais
públicos (TV Brasil, Canal Educação, Canal Cidadania e Canal Cultural) criados pelo governo na MP que institui a TV Digital no Brasil.

Os canais já estão abertos nas seguintes cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte,
Fortaleza, Florianópolis e Curitiba, através da alteração do espectro de freqüências. Na 1ª quinzena
de dezembro Porto Alegre também terá os canais.

Vale lembrar que os 4 canais da TV pública do executivo listados acima ainda precisam da aprovação do Congresso e alguns congressistas e empresários questionam sua implantação.

Da Agência Camara.



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sábado, 24 de novembro de 2007

Conversores para TV Digital: fotos e preços

Aqui alguns conversores (set-top box) e seus respectivos preços:

Positivo DigiTV e DigiTV HD: Os dois modelos possuem a mesma caixa, mas o primeiro é um modelo básico, não possui alta-definição e custa R$ 500,00. O modelo HD é de alta-definição e custa R$ 700,00. Nenhum deles grava a programação ou permite interatividade.




Semp-Toshiba: Também com caixas idênticas há o DC-2007M e o DC-2008H. O primeiro é o modelo básico e sai por R$ 900,00. O segundo para alta-definição custa R$ 1.200,00. Os dois modelos possuem entrada USB, mas no site do fabricante não há indicação do que isto significa. Talvez sirva para ouvir MP3 ou exibir fotos e não para conectar um computador ou um HD externo, para gravar a programação.


O blog do Renato Cruz informa que os modelos da Semp-Toshiba são fabricados na verdade pela Zinwell, uma empresa Taiwanesa com operações no Brasil e que também comercializa conversores com marca própria por R$ 900,00.











Graditente: O modelo da Gradiente sai por R$ 800,00. Ainda não tenho muitas informações sobre ele. Há outra foto de um modelo diferente no site MaxColor. No site do fabricante ainda carece de informações sobre o(s) modelo(s) que devem estar a venda até 13 de dezembro.


Sony: A Sony irá lançar um único modelo de alta-definição oficialmente a R$ 1.000,00, mas tendo em vista os demais concorrentes o preço deve ficar na realidade até 40% acima disso. Ao contrário dos demais o produto é totalmente importando. Também não há informação alguma no site da empresa.

A TecToy lançará o MobTV, um conversor portátil USB para notebooks/desktops. O aparelhinho é totalmente importado e a princípio só serão comercializadas 4.000 unidades a R$ 400,00. Provavelmente a decodificação do sinal ficará a cargo do processamento da máquina e a qualidade final não é de alta-resolução, pelo contrário, o máximo obtido é 320x240 ou 1/4 de uma tela de monitor de computador.

O site do fabricante está sendo reformulado e não possui informação alguma sobre novos produtos.

O Modelo da Aiko já foi mostrado em outro post, já há venda nas Casas Bahia.

Ainda faltam os modelos da Comsat/Encore, previsto para 17 de dezembro, conforme o post anterior.

Fontes das imagens e informações: Sites dos fabricantes, Blog do Renato Cruz, MaxColor, Jornal O Globo, PC Word, Revista Elektor Eletronica, Convergência Digital e outros.

Leia também o artigo sobre possíveis Conversores Digitais Open Source.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Jackson Sosa ainda fala em Mobilis a R$ 350 em 17/12

Segundo o blog do Renato Cruz, do Estadão, Jackson Sosa, diretor das empresas Telavo, Comsat e da recém criada Encore do Brasil, ainda pretende lançar o Mobilis a R$ 350,00 em 17 de dezembro. além dele haveria um set-top box por R$ 250. Outro misto de computador e conversor, mas com disco-rígido, sairia por R$ 700,00.

Outras informações dão conta de que sob a marca Comsat sairia ainda um conversor de alta-definição por R$ 650,00. A mesma fonte informa que o Mobilis ainda estaria com o preço indefinido entre os R$ 350,00 e R$ 420,00.

Esperemos que Jackson e seus parceiros consigam fazer vingar sua estratégia e alcancem a maioria da população com preços atrativos e qualidade.


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Foto de um set top box das Casas Bahia

Os conversores (ou set top box) para a TV Digital chegaram às lojas. Mas isso não significa que você terá um! O blog Tuto Sobre TV publicou há pouco algumas fotos do coversor da fabricante Aiko à venda por R$ 1.099,00 à vista ou R$ 1.318,80 em 12 vezes.



A foto acima pertence ao blog. Clique nela para ver outras fotos.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Imagens do eee PC Black


Não tenho falado muito do eee PC neste blog. Ainda não li todas as análises que saíram e também confesso que não estou tão entusiasmado com ele. Principalmente por conta do preço lá fora e no Brasil (US$ 399 lá e R$ 1.200 aqui).

Para os fãs seguem as imagens do eee PC Black. São muitas imagens e dá para ver detalhes do hardware e sua proporção em relação a uma mão humana. As fotos são de um site americano que o está vendendo por lá.

Para ver as fotos clique aqui. Como se trata de um link de um site de vendas não dá para saber por quanto tempo as fotos estarão disponíveis.

Lembro que o Carlos Morimoto literalmente dissecou um modelo branco no seu site a poucas semanas.

(A foto acima é do site NewEgg referenciado neste post.)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Tipos de atividades no XO

Os softwares no XO da OLPC são chamados de atividades. Uma característica comum em todas as atividades desenvolvidas para o XO é a colaboração. Este é um quesito tão forte do sistema que a maioria das atividades simplesmente não funciona bem sem que aja envolvimento entre duas ou mais crianças, com seus XOs conectados pela rede Mesh. Pode-se constatar que este modelo de educação em rede é mais importante para a OLPC que a garantia de acesso á internet.

Durante minha última palestra acabei pulando o detalhamento que faria dos softwares/atividades já disponíveis no XO. Segue abaixo um breve levantamento do que está disponível com base nos seus objetivos (e não nos programas em si):

O Sugar é a interface principal e o primeiro sistema a ser acessado pela criança/professor – Escrever, desenhar, compor/perceber música, criar, compartilhar, comunicar, colaborar, organizar, amadurecer, gravar, editar...

O MaMaMedia é uma criação de terceiro em parceria com a OLPC – História, animação, multimídia, criação colaborativa

O Etoys é uma variação da linguagem visual Squeak para crianças, permite literalmente construir qualquer coisa, o próprio professor pode criar facilmente atividades novas com base em uma estrutura visual de blocos de programação – Infinitas possibilidades!

E há também ferramentas de programação, criação, lógica.

No caso do Etoys, o XO inteiro poderia ser baseado unicamente nele, inclusive o sistema operacional. Digo isso para mostrar o potencial dessa linguagem pouco conhecida por educadores não só no Brasil.

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Receptores para TV Digital Open Source

Este é o título do artigo desta semana da coluna Educação e Tecnologia do site Dicas-L. Ele é uma versão ampliada e corrigida do texto publicado ontem aqui neste blog "Cadê os receptores baratos". Inclui novos dados e afirmo a viabilidade da construção colaborativa de um projeto de setup-box caseiro destinado a garantir o acesso da maioria da população.

Para ler o artigo clique aqui.


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terça-feira, 13 de novembro de 2007

Mobilis vai custar R$ 620

A Encore do Brasil está finalizando as etapas para inciiar a produção do Mobilis. Ainda falta definir algumas parcerias e buscar mais alguns incentivos estatais. O setup-box "puro" deve chegar ao mercado a R$ 220 e talvez seja o mais barato. Estes setup-box baratos não terão alta-definição e não serão compatíveis com TVs acima de 14 polegadas, o que é uma pena e pode inclusive inviabilizar sua comercialização, já que custará metade do preço de uma TV popular convencional.

Já o Mobilis, definido como um "setup-box com interatividade - quiase um computador", deve sair de fábrica a R$ 620. Mais que o dobro do valor originalmente anunciado no meio do ano, mas ainda assim compatível com o mercado.

Jackson Sosa, diretor das duas empresas, disse que já encomendaram as caixas plásticas para os aparelhos.

Ficamos no aguardo.

Fonte original: Observatório do direito à comunicação


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TV Digtial: cadê os receptores?

Estamos a menos de 20 dias do lançamento oficial da TV Digital no Brasil e até agora "não vimos a cara" dos aparelhos que permitiram assistir a sua programação (chamados de setup-box). Para a população restou apenas os comerciais de gosto e atenção duvidosos que o seu comitê-gestor está bancando.

Em outros países o lançamento de uma nova tecnologia é precedido da exibição, do pré-lançamento e até da venda antecipada de produtos compatíveis. É o mais puro capitalismo, dizem, pois é neste momento que os fabricantes e desenvolvedores mais faturam e podem por à prova suas estratégias, potencializando a adoção da nova tecnologia pelos consumidores no mais curto espaço de tempo.

Foi assim com o 3G recentemente. Antes da nova tecnologia para celulares chegar de fato ao consumidor os aparelhos já vinham sendo apresentados ao público mais de 1 anos antes, mesmo que somente as carcaças vazias para dar idéia dos novos conceitos. Também os futuros serviços disponíveis eram alardeados, comentados e discutidos tecnica e socialmente através da imprensa e de sites especializados.

Nada disso se viu no Brasil em todo o processo da TV Digital e prossegue assim até agora. E isso não é culpa das indefinições que ainda pairam no ar, como a interatividade, o canal de retorno, padrões de áudio e vídeo, patentes, incentivos fiscais e questões técnicas menores. Afinal, as principais diretrizes já foram definidas desde o decreto de março deste ano que institui de forma bruta todo o modelo nacional.

Agora, fiquei sabendo através do Notebooks-blog que a revista Época fez uma breve análise do que está por vir. O preço dos aparelhos de TV novos será de no mínimo R$ 6 mil (mais caros que as TVs de plasma vendidas hoje). Enquanto que os setup-box que permitiram qualquer TV convencional acessar a programação em alta-definição será de R$ 800.

A TecToy estará vendendo um receptor do tamanho de uma pen-drive para computadores. O preço: R$ 350.

Onde estão os setup-box de R$ 180 prometidos pelo governo? Este preço seria conseguido através de incentivos diversos, inclusive com renúncia fiscal e o financiamento de pesquisas e linhas de produção. Também me pergunto a quanto sairá o Mobilis, da Encore do Brasil. Se o preço dele passar muito dos R$ 500 irá igualmente se afastar do poder aquisitivo da maioria dos brasileiros que são, digasse de passagem, a maior massa consumidora do país (só o empresariado de tecnologia e os economistas que não entendem).

Outros links interessantes:
2Jovem.com
Convergência Digital

Nigéria volta atrás e fica com Mandriva

O governo nigeriano que havia feito a primeira grande compra de laptops educacionais do modelo Classmate, da Intel, voltou atrás e não irá substiuir o sistema operacional Mandriva Linux, previamente acordado, pelo Windows XP.

A empresa responsável pela implantação do projeto na Nigéria receberia um aporte de US$ 400 mil da Microsoft se a troca ocorresse. Não se sabe se o governo local pagaria pelas licenças do software e pelo serviço de substituição do software em cada laptop.

O Mandriva Linux instalado saiu a US$ 10 por máquina.

Leia também a carta aberta de um diretor da Mandriva.

Fonte: BR-Linux

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

"Perspectivas do uso de laptops pelas crianças e nas escolas"

Ontem de manhã eu dei a palestra com o título acima no auditório do Centro de Computação da UNICAMP. Participaram cerca de 30 pessoas no local e muitas outras tiveram acesso pela transmissão on-line. Foi uma experiência muito significativa. Abaixo o roteiro da palestra:

1. Apresentação do palestrante
2. Contexto técnico e econômico do mercado de equipamentos móveis (celulares, smartphones, players, mobile games, etc...). Contatação de que todos utilizam tecnologia antiga "revisitada" com novas tendências em materiais, interface e usabilidade.
3. Os modelos "1 para 1" e "1 para muitos"
4. Modelos de laptops educacionais e características semelhantes/diferentes
5. Influências filosóficas e educacionais do XO da OLPC
6. Potenciais do XO (o que dá para fazer com ele)
7. Questões educacionais intrínsecas ao XO
8. Softwares existentes (não foi apresentada esta parte)
9. O futuro do XO

Durante as perguntas uma questão que chamou a atenção foi o interesse despertado por um modelo "1 para muitos": a colocação de um computador em cada classe, ao invés de manter todos os micros no laboratório de informática. Eu havia dito que atividades em grupo são beneficiadas por esta atitude e que ela serviria como prévia/preparação à introdução do modelo "1 para 1", já que o professor teria que planejar atividades envolvendo colaboração,pesquisa e construção do equipamento, reservando uma parte das atividades para o uso do computador da classe num esquema de revezamento entre os grupos de alunos.

Com relação ao uso de laptops em si, procurei traçar um contexto histórico e informações relevantes quanto às características, sendo bastante pragmático quanto aos usos possíveis: coleta e interpretação de dados da natureza (a parte que acho mais cativante do projeto), pesquisa de informações, sistematização de dados, escrita e leitura, composição multimídia e conexão permanente com os colegas. Deixei de propósito a Internet de fora, acredito que a maioria das atividades dentro da escola não necessitaram da internet ou utilizaram muito pouco esta tecnologia.

Devo reapresentar esta mesma palestra em um curso do Instituto de Estudos da Linguagem e para professores da rede municipal de ensino de Campinas. Em breve a palestra estará disponível no CameraWeb da Unicamp.


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terça-feira, 6 de novembro de 2007

XO: Começou a produção em massa



O primeiro modelo do XO produzido em larga escala, o XO-1, está saindo da fábrica da Quanta, em Taiwan. Como eles conseguem produzir uma grande quantidade de qualquer dispositivo em pouco espaço de tempo, em alguns poucos dias toda a primeira encomenda da OLPC deve estar pronta para distribuição.

Lembrando que o primeiro país a aderir a iniciativa foi o nosso vizinho Uruguai.



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quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Carta Aberta a Steve Ballmer, da Microsoft

Recentemente foi chegou a notícia de que a Mandriva conseguiu vender 17.000 laptops educacionais Classmate da Intel com sistema operacional Mandriva Linux para o governo Nigeriano. Os equipamentos serão utilizados nas escolas do país dentro da metodologia de "um computador por aluno". O pioneirismo do governo nigeriano está sendo ofuscado pela nova notícia de que os governantes mudaram de idéia quanto ao uso do Mandriva Linux depois da compra já realizada e agora teriam anunciado: "Pagaremos pelo Mandriva Software como acordado, mas nós o substituiremos pelo Windows imediatamente".

Revoltado com a estranha e súbita decisão François Bancilhon, executivo da Mandriva, escreveu uma carta aberta que tomei a liberdade de traduzir abaixo. Não acho que seja um primor na argumentação, mas revela muito sobre o processo de construção e efetivação deste negócio pioneiro e da forma de (não) negociar dos grandes oligopólios.

Caro Steve,

Olá, sou François, da Mandriva.Estou seguro somos muito pequenos para você nos conhecer. Sabe, nós somos uma destas minúsculas companhias de Linux que trabalham duro por nosso lugar no mercado. Nós produzimos uma distribuição Linux, o Mandriva Linux. A sua última edição, o Mandriva 2008, foi visto como uma versão muito boa e nós estamos orgulhosos por isso. Você devia dar uma olhada, tenho certeza que gostaria dele.Por acaso, nós também somos uma das empresas de Linux que não assinaram um acordo com a sua companhia (ninguém perfeito)

Recentemente fechamos um negócio com o Governo nigeriano. Talvez você tenha ouvido sobre isso, Steve. Eles nos procuravam uma solução de hardware + software acessível para suas escolas. A encomenda inicial foi de 17.000 máquinas. Nós demos uma boa resposta as suas necessidades: o Classmate PC de Intel, com uma solução Linux Mandriva customizada. Apresentamos a solução aos governantes, eles gostaram da máquina, eles gostaram de nosso sistema, eles gostaram do nós oferecemos a eles. O fato é que houve abertura, que nós podíamos adequar nosso produto ao seu país e assim por diante.

Então seu pessoal entrou no jogo e o negócio ficou mais competitivo. Eu não diria que ficou sujo, mas alguém podia ter dito isso. Lutaram e lutaram, mas ainda o cliente ainda estava feliz em receber o CMPC e o Mandriva.

Então fechamos o negócio, nós recebemos o pedido, nós qualificamos o software, nós despachamos as máquinas. Em outras palavras, nós fizemos nosso trabalho. Pelo que me consta, as máquinas estão sendo entregues agora mesmo.

E então, hoje, ouvimos do cliente uma história totalmente diferente: "Pagaremos pelo Mandriva Software como acordado, mas nós o substituiremos pelo Windows imediatamente".

U lá lá! Estou impressionado, Steve! O que você fez para estes rapazes mudarem sua decisão desta maneira? Está claro para mim, e estará claro para todo o mundo. De onde você veio, como você chama o que você acaba de fazer, Steve? Por aqui eles dão vários nomes, eu estou certo que você os conhece.

Ei Steve, como você se sente quando se olha no espelho de manhã?

Obviamente continuarei lutando por este trabalho e pelo próximo, e o próximo. Você tem o dinheiro, o poder, e talvez nós tenhamos um sentido diferente sobre ética, você e eu, mas acredito que trabalho duro, boa tecnologia e ética também podem ganhar.

Vivas,François

PS: uma mensagem a nossos amigos na Nigéria: ainda há tempo de agir corretamente e de fazer a escolha certa, você receberá todo suporte por isto e excelentes serviços!


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