Entre atrasos, ajustes e declarações mil a idéia de inclusão digital da OLPC vai se concretizando com a 1a encomenda concreta feita pelo Uruguai e com a iminência da produção em massa, mesmo que em número bem menor que o objetivo inicial de 5 milhões de unidades.
A questão é que os objetivos ideológicos da OLPC de certa forma foram alcançados: houve uma mudança de paradigma importante sobre o uso de computadores nas escolas, agora máquinas construídas especificamente para o ensino são consideradas viáveis. Essa não era a realidade há dois anos, quando o mercado móvel se limitava a celulares, notebooks convencionais e palms; a Intel e AMD abandonavam os chips para portáteis pela baixa lucratividade e as escolas eram consideradas consumidores menores, atrás de nichos como governos, empresas e consumidores finais. A OLPC também ajudou a derrubar o mito tecnológico do "mais é melhor", "enxugando" e otimizando o hardware e o software em benefício da usabilidade e do acesso amplo.
Mas ainda há coisas para fazer e talvez você possa ajudar:
- Tradução: uma nova plataforma chamada Poodle para auxiliar na tradução da interface e dos aplicativos foi ativada, qualquer um pode participar. Inscreva-se também na lista de discussão criada para este fim.
- Perguntas frequentes: um PHPMyFAQ foi ativado para a criar documentação. Pode-se participar categorizando temas, enviando perguntas ou criando perguntas já com as respostas. Também precisam de moderadores para os temas.
- Música: O Jamendo é um portal dedicado à divulgação do trabalho de artistas livres. Eles abriram um canal onde qualquer um pode postar playlists com músicas compatíveis com o público-alvo da OLPC. Estas músicas poderiam ser tocadas nos laptops. Outra condição é que o conteúdo esteja sob Creative Commons, isto é, permita o livre download, distribuição e uso, sem pendências jurídicas neste sentido. A qualidade dos trabalhos que já estão lá é surpreendente.
- Conteúdo: autores podem criar livros e outros materiais específicos para serem disponibilizados livremente nos laptops, também é possível liberar o uso de material já desenvolvido para outras plataformas. Aulas e cursos inteiros também podem ser liberados para uso no XO. A condição é que sua distribuição seja liberada nos termos do Creative Commons ou que os direitos já tenham caído em domínio público. Uma biblioteca de livros digitalizados que caíram em domínio público pode ser vista aqui. Se quiser criar ou adaptar conteúdos de sua autoria utilize o wiki do projeto ou crie seu próprio blog ou site, como neste exemplo para criação de material cartográfico para o XO.
- Aliás, o wiki e as listas de discussão ainda são as melhores formas de se participar.
Isto é apenas uma pequena parte do trabalho coletivo que está sendo feito. Tentei aqui destacar as atividades mais recentes, mais interessantes e mais gerais, todas voltadas de alguma forma à geração de conteúdo para profissionais de educação e para as crianças. Exclui aquelas que necessitam construção de partes novas, uso de equipamentos, programação, manipulação de hardware e software. São coisas que podemos de fato fazer nas horas vagas e que vão nos exigir no máximo um pouco de pesquisa, mas dentro do conhecimento que já dominamos e sobre trabalhos atuais ou que já realizamos.
Então o que estamos esperando? mãos a obra!
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Destaques da OLPC (pra participar!)
domingo, 21 de outubro de 2007
O Nokia N810
A Nokia lançou um tablet (uma espécie de mini-computador de mão) que NÃO é celular. É um pequeno micro que se conecta via Wi-Fi ou Bluetooth e possui navegador de internet, Skype e Navegação via satélite. É claro que ele também pode ser utilizado como MP3 player de 10GBytes (via cartão de memória). O sistema operacional é o Linux.
O aparelho não é vendido no Brasil e custa lá fora US$ 479. Um preço bem salgado, principalmente se comparado ao iPhone da Apple e mesmo a laptops convencionais (a partir de US$ 500) e ao EEE da Asus (US$ 299).
A fonte inicial da notícia foi o BR-LInux.
O aparelho não é vendido no Brasil e custa lá fora US$ 479. Um preço bem salgado, principalmente se comparado ao iPhone da Apple e mesmo a laptops convencionais (a partir de US$ 500) e ao EEE da Asus (US$ 299).
A fonte inicial da notícia foi o BR-LInux.
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terça-feira, 16 de outubro de 2007
MMORG educacioinal brasileiro
Atairu, ou "companheiro de viagem" em Tupi, é um ambiente virtual 3D para imersão (MMORG) tipo WordCraft e SecondLife. Como o Croquet, ele quer criar um ambiente colaborativo com foco educacional. O Atairu quer juntar o ambiente 3D com um sistema gerenciador de ensino (LMS).
Há ferramentas neste sentido hoje. Há programas que integram o SecondLife ao Moodle por meio de um plugin. É possível transitar entre um ambiente e outro e participar de chats e acompanhar a movimentação dos avatares, por exemplo.
O Crocret oferece recursos avançados para colaboração assíncrona e o ambiente em si - o que é muito mais do que tivemos já tivemos - mas a gerência formal do ensino não é seu forte.
Tenho dúvidas se aproximar um ambiente 3D de um LMS é o caminho, são tecnologias e vivências bem diferentes, as expectativas em cada um deles é singular. No entanto, um sistema para planejamento e administração do ensino em 3D é algo completamente diferente e bem-vindo.
Veja o vídeo de apresentação abaixo:
O Play2Lern é um projeto que cria um metaverso no SecondLife para treinamento em saúde.
O site do projeto é http://jeomm.unb.br/portal/
Há ferramentas neste sentido hoje. Há programas que integram o SecondLife ao Moodle por meio de um plugin. É possível transitar entre um ambiente e outro e participar de chats e acompanhar a movimentação dos avatares, por exemplo.
O Crocret oferece recursos avançados para colaboração assíncrona e o ambiente em si - o que é muito mais do que tivemos já tivemos - mas a gerência formal do ensino não é seu forte.
Tenho dúvidas se aproximar um ambiente 3D de um LMS é o caminho, são tecnologias e vivências bem diferentes, as expectativas em cada um deles é singular. No entanto, um sistema para planejamento e administração do ensino em 3D é algo completamente diferente e bem-vindo.
Veja o vídeo de apresentação abaixo:
O Play2Lern é um projeto que cria um metaverso no SecondLife para treinamento em saúde.
O site do projeto é http://jeomm.unb.br/portal/
A notícia foi publicada em O Velho
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Intel terá processador para laptop da OLPC
A Intel irá apresentar até abril de 2009 uma nova plataforma de processadores especificamente para atender ao projeto da OLPC.
Não se trata de adaptar os atuais Celeron M, utilizados no ClassMate e Asus EEE, ou mesmo da nova platorma móvel Silverthorne. A Intel afirma que as necessidades da OLPC exigem uma nova categoria de chips que atendam plenamente seus objetivos.
A alguns meses a Intel e a OLPC selaram um acordo genérico de colaboração mútua. Hoje o XO utiliza os chips da concorrente AMD. Ambas as empresas tinham suspendido os investimentos em processadores móveis, a Intel, inclusive, vendeu sua divisão de chips deste tipo para a Marwel (detentora das patentes da rede Mesh). Após a OLPC iniciar o projeto do XO a Intel retomou os investimentos neste segmento, mas a AMD não demonstrou interesse em fazer o mesmo.
Diante deste cenário acho natural a aproximação entre a OLPC e um desenvolvedor mais confiável, com o objetivo de aumentar o desempenho e reduzir custos.
A notícia me foi enviada pelo Rubens, do Dicas-L, e também está no site BR-Linux.
Outras fontes: Info e IDG-Now
Não se trata de adaptar os atuais Celeron M, utilizados no ClassMate e Asus EEE, ou mesmo da nova platorma móvel Silverthorne. A Intel afirma que as necessidades da OLPC exigem uma nova categoria de chips que atendam plenamente seus objetivos.
A alguns meses a Intel e a OLPC selaram um acordo genérico de colaboração mútua. Hoje o XO utiliza os chips da concorrente AMD. Ambas as empresas tinham suspendido os investimentos em processadores móveis, a Intel, inclusive, vendeu sua divisão de chips deste tipo para a Marwel (detentora das patentes da rede Mesh). Após a OLPC iniciar o projeto do XO a Intel retomou os investimentos neste segmento, mas a AMD não demonstrou interesse em fazer o mesmo.
Diante deste cenário acho natural a aproximação entre a OLPC e um desenvolvedor mais confiável, com o objetivo de aumentar o desempenho e reduzir custos.
A notícia me foi enviada pelo Rubens, do Dicas-L, e também está no site BR-Linux.
Outras fontes: Info e IDG-Now
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