Estamos a menos de 20 dias do lançamento oficial da TV Digital no Brasil e até agora "não vimos a cara" dos aparelhos que permitiram assistir a sua programação (chamados de setup-box). Para a população restou apenas os comerciais de gosto e atenção duvidosos que o seu comitê-gestor está bancando.
Em outros países o lançamento de uma nova tecnologia é precedido da exibição, do pré-lançamento e até da venda antecipada de produtos compatíveis. É o mais puro capitalismo, dizem, pois é neste momento que os fabricantes e desenvolvedores mais faturam e podem por à prova suas estratégias, potencializando a adoção da nova tecnologia pelos consumidores no mais curto espaço de tempo.
Foi assim com o 3G recentemente. Antes da nova tecnologia para celulares chegar de fato ao consumidor os aparelhos já vinham sendo apresentados ao público mais de 1 anos antes, mesmo que somente as carcaças vazias para dar idéia dos novos conceitos. Também os futuros serviços disponíveis eram alardeados, comentados e discutidos tecnica e socialmente através da imprensa e de sites especializados.
Nada disso se viu no Brasil em todo o processo da TV Digital e prossegue assim até agora. E isso não é culpa das indefinições que ainda pairam no ar, como a interatividade, o canal de retorno, padrões de áudio e vídeo, patentes, incentivos fiscais e questões técnicas menores. Afinal, as principais diretrizes já foram definidas desde o decreto de março deste ano que institui de forma bruta todo o modelo nacional.
Agora, fiquei sabendo através do Notebooks-blog que a revista Época fez uma breve análise do que está por vir. O preço dos aparelhos de TV novos será de no mínimo R$ 6 mil (mais caros que as TVs de plasma vendidas hoje). Enquanto que os setup-box que permitiram qualquer TV convencional acessar a programação em alta-definição será de R$ 800.
A TecToy estará vendendo um receptor do tamanho de uma pen-drive para computadores. O preço: R$ 350.
Onde estão os setup-box de R$ 180 prometidos pelo governo? Este preço seria conseguido através de incentivos diversos, inclusive com renúncia fiscal e o financiamento de pesquisas e linhas de produção. Também me pergunto a quanto sairá o Mobilis, da Encore do Brasil. Se o preço dele passar muito dos R$ 500 irá igualmente se afastar do poder aquisitivo da maioria dos brasileiros que são, digasse de passagem, a maior massa consumidora do país (só o empresariado de tecnologia e os economistas que não entendem).
Outros links interessantes:
2Jovem.com
Convergência Digital
terça-feira, 13 de novembro de 2007
TV Digtial: cadê os receptores?
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